22/08/2017

SEAC-SC manifesta-se contra Fundo de Financiamento da Democracia

O Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação e Serviços Terceirizados do Estado de Santa Catarina (SEAC-SC) declara-se contra a aprovação do Fundo Especial de Financiamento da Democracia. O fundo é um dos itens da Reforma Política (PEC 77/03) em tramitação na Câmara dos Deputados e prevê que as campanhas políticas serão custeadas com 0,5% da receita corrente líquida do país, aproximadamente R$ 3,6 bilhões em 2018. A verba seria paga pela população, já que os valores no projeto proviriam do Imposto de Renda.

"Recentemente o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, veio a público afirmar que o melhor cenário para 2017 e 2018 será de um deficit nas contas publicas de159 bilhões de reais. Por outro lado o Congresso não dá a celeridade necessária nas reformas previdenciárias e tributárias e ainda promove uma reforma política de acordo com seus próprios interesses", exalta o presidente do SEAC-SC, Avelino Lombardi.

A utilização dos valores em benefício apenas da classe política é alarmante devido a criseeconômica e social pela qual passa o país. Recentes números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que mais de 26 milhões de trabalhadores estão desempregados ou subocupados. Além disso, o PIB brasileiro deverá alcançar crescimento mínimo nos próximos anos e o rombo das contas públicas aumentará significativamente. Os indicadores somados a políticos desacreditados e desprestigiados levarão a diminuição ainda maior da confiança da população nas reformas e no otimismo pela recuperação nacional.

O sindicato acredita que o momento seja de corte de despesas, redução de impostos e diminuição da máquina pública. A classe empresarial e a população não podem pagar por medidas como a Reforma Política criada para facilitar a reeleição dos atuais ocupantes de cargo público. Destinar mais de R$ 3,6 bilhões para campanhas políticas no cenário atual é uma afronta a todos os brasileiro que pagam elevada carga tributária a cada ano e recebem muito pouco como retorno. "Não podemos nos calar quanto a isso, precisamos fazer uma voz única do setor de serviços e de toda a sociedade contra esse projeto. O SEAC-SC acompanhará de perto a tramitação da Reforma e unirá esforços para que Fundo Especial de Financiamento da Democracia não seja levado adiante", completa Avelino Lombardi.