23/04/2013

Busca por empregadas terceirizadas aumenta com nova lei

A aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das Domésticas, que equiparou os funcionários que trabalham em casas de família com os demais trabalhadores, garantindo a obrigatoriedade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), hora extra, carga horária semanal de 44 horas e adicional noturno, está aumentando a demanda por terceirização. O valor pago às empregadas domésticas encareceu cerca de 50%, o que resultou em alguns conflitos entre patrões e domésticas, já que mantê-las no trabalho ficou mais caro e continuar com a irregularidade pode causar ainda mais prejuízos com processos na justiça.

Por esse motivo, a busca por empresas que terceirizam esse serviço vem sendo um bom negócio, com a substituição dos trabalhadores fixos por diaristas, salvo a exceção em que famílias possuem filhos pequenos. Em recente entrevista realizada pela coluna de Economia do site Terra, Mario Avelino, autor dos livros: Empregadas Domésticas X Patroas - Conflitos e Soluções e O Futuro do Emprego Doméstico no Brasil, relata que: "Os pais com crianças pequenas não podem abrir mão da doméstica porque têm de trabalhar. Quando a criança já não tem essa dependência, eles já vão atrás de uma diarista". Para o consultor, as domésticas ficam, em média, 10 anos na mesma família.

Conforme estatísticas divulgadas por entidades do setor, a busca pelo serviço terceirizado de diaristas já aumentou 30% desde que a lei foi promulgada. Segundo as empresas de serviço especializado, os custos ficam mais baixos para os patrões, já que as companhias repassam a eles apenas o custo da diária. Para os trabalhadores, a vantagem é a garantia de seus benefícios pagos por uma empresa.