19/11/2013

Brasil evolui no mercado de resíduos recicláveis e amplia perspectivas

A reutilização de materiais minimiza o uso de fontes naturais de matéria-prima para a produção de quase tudo o que nos cerca. O reaproveitamento de materiais como papel, vidro, metal, plástico, entre outros, também diminui necessidade de processos e utilização de resíduos para o tratamento final, como aterramento e incineração. Quando o assunto é reciclagem, dados revelam que o Brasil tem demonstrado significativos avanços. A reciclagem de embalagens pós-consumo e o potencial de crescimento ficam evidentes e são vistos, também, como resposta à nova lei de resíduos (de 2010).

As boas possibilidades se refletem em dados animadores para o país. Levantamentos dão conta de que 96% da produção nacional de latas de alumínio seja reciclada, bem como 47% da resina PET; 45% das embalagens de vidro; 29% das latas de aço; 23% das 46 mil toneladas de embalagens longa vida pós-consumo; e 20% dos plásticos.

Desenvolvido pelo ‘Compromisso Empresarial para Reciclagem’ (Cempre) – associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo, o estudo Ciclosoft (2012) aponta, no entanto, que a coleta seletiva continua sendo um desafio a enfrentar. Estima-se que apenas 14% dos municípios brasileiros ofereçam o serviço, sendo 86% das regiões Sul e Sudeste.

Ainda segundo o Cempre, o potencial da reciclagem é proporcional ao desenvolvimento econômico, aos avanços nas práticas de sustentabilidade das empresas, às ações de governo bem construídas e a uma maior conscientização por parte do consumidor. A tendência é que o crescimento acelere e o cenário é favorável ao avanço para a reciclagem no país.